Renovação do quadro associativo: revigore o seu clube

Ilustrações de Cristina Spanò

Crie o clube dos seus sonhos

Rotary Club de Harrisonburg-Rocktown (EUA) 

Cinco anos atrás, Meghan Schenker-Fulcher, então professora em Harrisonburg, EUA, decidiu que era hora de se juntar ao Rotary. “Como não rotariana", conta ela, "tudo começou com a vontade de conectar mais pessoas da nossa comunidade à missão do Rotary: “Dar de Si Antes de Pensar em Si”.  

Meghan visitou vários clubes, mas não conseguiu encontrar um que se encaixasse à sua agenda. "Eles não eram necessariamente uma boa opção para educadores e outras pessoas que trabalhavam das 9h às 17h, mas queriam ajudar a comunidade."

Olhando para trás, a solução era óbvia: Não consegue encontrar um Rotary Club que dê certo para você? Crie um. Meghan e outras duas mulheres se uniram para discutir maneiras de criar um clube que oferecesse uma experiência rotária ideal para elas e as outras mulheres da comunidade. 

As três ficaram vários meses pensando no tipo de clube que queriam. “Passamos o verão de 2019 realizando sessões informativas, o que permitiu que as pessoas ouvissem nossa história, entendessem o porquê e se inspirassem em participar”, explica Meghan. "Isso também nos ajudou a ver se o clube seria realmente uma boa opção para a comunidade."  

O planejamento cuidadoso valeu a pena. Fundado em setembro de 2019, o clube satélite Harrisonburg-Rocktown, uma ramificação do Rotary Club de Harrisonburg, tem 36 associados, sendo 26 mulheres. Para garantir sua relevância, o clube realiza sessões anuais de planejamento estratégico, quando estabelece grandes objetivos para o ano. "Esse processo nos ajuda a manter as coisas atualizadas e a seguir adiante", diz Meghan, presidente da Comissão de Desenvolvimento do Quadro Associativo do clube, que conta com sete membros. “Isso contribui não apenas para mantermos nossos associados, mas também para expandirmos nosso clube.”

Planeje projetos eficazes

Rotary Club de Singapore

"Os associados do Rotary Club de Singapura dão muita importância a projetos", afirma James Lee, seu ex-presidente. “Eles querem ver como suas contribuições e seus esforços impactam as pessoas e comunidades a que servem”, ressalta. “Nós os mantemos atualizados sobre o progresso e os desafios dos nossos projetos locais e internacionais, e os convidamos a contribuir para aqueles em que estão interessados. Isso lhes dá uma sensação de envolvimento e pertencimento.” 

O projeto de destaque do clube, que já participou de 28 Subsídios Globais desde 2013, é o Help the Children, o qual atende comunidades na província de Java Oriental, na Indonésia. “O que começou como uma pequena iniciativa de apoio a 20 crianças carentes transformou-se em projetos de Subsídios Globais multifacetados nos últimos 15 anos”, explica James. “Estamos ajudando comunidades e até 60 escolas a melhorar a alfabetização e a educação básica.” 

Em 2010, uma pequena delegação do clube de Singapura visitou o projeto na Indonésia pela primeira vez. Essa viagem levou a uma visita anual de 80 associados do clube e seus familiares "Nossos participantes passam três dias com os alunos, professores e pais que se beneficiaram do nosso projeto", conta James. “Eles voltam inspirados e motivados pelas mudanças positivas que testemunharam.” 

James também aponta para a diversidade do clube — que possui 192 integrantes representando 22 países — como outra razão pela qual ele atraiu e manteve tantos associados ao longo dos anos. “Poder estar envolvido em comunidades distantes de Singapura, mas que moram no nosso coração, significa que estamos constantemente envolvendo nossos associados e os aproximando das comunidades em que costumavam morar ou com as quais estão envolvidos por razões econômicas, comerciais e pessoais.”

Conecte-se para ampliar seu impacto

Rotary Club de Roswell After Hours (EUA)

O clube satélite Roswell After Hours foi formado no ano passado com 14 associados. Um ano depois, o quadro associativo aumentou para 22 pessoas, e a presidente do clube, Brooke Foxman, está otimista de que continuará crescendo. Isso se deve, em parte, à oportunidade que o clube oferece aos associados de se conectarem uns com os outros, com a comunidade e com seu padrinho, o Rotary Club de Roswell, conhecido carinhosamente entre o grupo como Big Rotary.  

“Nossos associados fundadores são um grupo de jovens de 20 e poucos anos que queriam socializar presencialmente quando as coisas começaram a voltar ao normal após a pandemia”, explica ela. “Temos como alvo pessoas que queiram fazer o bem para a comunidade enquanto criam conexões e vínculos umas com as outras. Somos um grupo de jovens que ama o trabalho voluntário. Este é um dos pilares do Rotary.” 

Como a maioria dos associados são jovens profissionais, seus horários de trabalho dificultavam a participação nas reuniões semanais do clube de Roswell, que eram no horário do almoço. Para acomodar a agenda dos integrantes do clube, as reuniões são realizadas após o horário de trabalho em uma cervejaria local. "Temos 30 minutos de socialização antes da reunião para tomarmos uma cerveja e conversarmos sobre coisas pessoais", informa Brooke, destacando que o clube está estruturado em torno de networking, voluntariado e diversão.   

Ela diz que o clube se beneficia ao manter suas conexões com o Big Rotary. Os associados do clube de Roswell ocasionalmente dão palestras no clube satélite. “Os conselhos deles para nós, jovens profissionais, são algo a que damos muito valor”, explica Brooke. 

E os associados dos dois clubes se voluntariam em projetos e atividades um do outro, ampliando o impacto, por exemplo, de uma campanha de arrecadação para a Star House, uma organização local sem fins lucrativos que ajuda crianças em risco. “Havia música e dança, e estávamos servindo à nossa comunidade”, conta Brooke. “Nós nos divertimos muito e conhecemos vários novos associados em potencial.”

Não se esqueça da diversão

Rotary Club de Halifax Harbour (Canadá)

O Roswell After Hours não é o único clube que gosta de se divertir — embora a diversão, como explica Louisa Horne, possa ter diferentes formas. 

Ex-governadora de distrito e antiga associada do que ela descreve como o Rotary Club “irresistível” de Halifax Harbour, Louisa menciona que seu clube organiza atividades sociais para os associados. Mas e a diversão? “A diversão é uma consequência de estar envolvido em coisas pelas quais você é apaixonado”, diz ela.  

Formado em 2021 a partir da fusão dos Rotary Clubs de Halifax e Halifax Harbourside, que existiam há décadas, o Halifax Harbour está organizado em três equipes. A equipe We Connect People (Nós Conectamos Pessoas) se concentra no engajamento dos associados, incluindo atividades divertidas que possam fazer juntos (como passeios por casas mal-assombradas, arremesso de machados ao alvo e celebrações sazonais). A equipe We Transform Communities (Nós Transformamos Comunidades) planeja e organiza projetos locais e internacionais. E a equipe We Fund Sustainable Projects (Nós Financiamos Projetos Sustentáveis) faz exatamente o que você esperaria: coordena atividades de arrecadação de fundos, como um Festival da Costela, que acontece anualmente e já arrecadou mais de US$ 500.000 desde 2015. 

O clube, explica Louisa, fez uma pesquisa com associados atuais e antigos para garantir que seus talentos e interesses não fossem ignorados. Somos intencionais em nos autoanalisar e ser honestos em relação a como estamos nos saindo. Aceitamos e celebramos que pessoas diferentes queiram fazer coisas diferentes.” 

Como resultado, o clube atraiu um quadro associativo diversificado em termos de idade, nacionalidade e orientação sexual. "Quando novas pessoas participam de uma reunião, elas se veem refletidas na sala", destaca Louisa. “A diversidade gera mais diversidade. A mudança transformacional e cultural dentro de uma grande organização não é um processo rápido. Enquanto tivermos uma liderança forte e continuarmos focando nas paixões das pessoas que temos e das pessoas que queremos atrair, e enquanto formos ágeis e mantivermos nosso nível de diversidade, continuaremos sendo um clube irresistível.” E divertido.

Artigo publicado na edição de agosto de 2023 da revista Rotary.

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